É pelo corpo que se conhece a verdadeira negra”. Essa é a mensagem que
a Brasil Kirin Indústria de Bebidas S.A., detentora do logotipo da
cerveja Devassa nos diz. Que a mulher negra é identificada pela
suntuosidade do seu corpo, que reiteradamente é remetida à fonte de sexo
fácil.
A mulata faceira, que tem o molejo na cintura e exala o “cheiro exótico” para conquista de um bom homem.
As reminiscências do passado escravista vêm
à tona numa peça publicitária de uma cerveja, o que nos mostra que a
condição atual da mulher negra não sofreu um avanço positivo a ponto de
reverter seu sentido representativo nos espaços públicos.
Sua sexualização se dá no sentido de conceder ao outro o direito de
usufruir dos plenos poderes de usar e abusar do seu corpo como uma
propriedade, e assim incidir nos pressupostos defendidos por Freyre
(2006) quando definiu a serventia sexual da escravizada: (…) “Da que nos
iniciou no amor físico e nos transmitiu, ao ranger da cama-de-vento, a
primeira sensação completa de homem”.
Afinal de contas, como bem cantarolou Joaquim Silvério de Castro Barbosa, na marchinha de carnaval “O teu cabelo não nega”, sucesso do carnaval de 1932: “O teu cabelo não nega, mulata/Porque és mulata na cor/Mas como a cor não pega, mulata/Mulata eu quero o teu amor”.
Créditos
a Escrevivência
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INCONFORMADO E INCOMODADO
Por toda vez ao entrar no banheiro da minha Mega
Empresa e quase sempre encontrar um negro trabalhando na limpeza. Pelos corredores encontro 90% das faxineiras/os negros. Só que hoje isso incomodou mais, pois demorei uns 10 a 15 minutos, e toda vez que aquele rapaz (não identifiquei a idade) usava o desentupidor e puxava a descarga, me vinha uma revolta, inconformismo com essa situação. Estava em frente ao espelho e ele passou por mim algumas vezes, não sorria, muito sério, parecia incomodado com essa situação. Ao me sentar para escrever surgiu- me a ideia de falar sobre a MULHER NEGRA, principalmente pobre, CARNE BARATA, pronta para servir aos desejos do homem rico branco, como nos tempos da escravidão conforme texto publicado acima. E nossa ELITE RICA BRANCA, é contra (mas finge que não) COTAS RACIAIS, e ao invés de pensar em avançar nas conquistas do atual governo (ainda muito pequenas pelo abismo econômico que existe entre as raças) querem de qualquer maneira impedir esses avanços.
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