ANOS 70 - MINHA HISTÓRIA ATÉ WAGNER SAFADÃO- PETRALHA- De Nilópolis ao Engenho Novo


DO ESQUELETO À PETROBRAS
Minha avó Da. Rosa e meu avô Antonio Florêncio

Da. Rosa Jovem

CASARÃO- Cortiço em frente ao clube Magnatas na Rua Gal. Belegard no bairro do Rocha onde moramos em um quarto com minha mãe e meus 3 (três) irmãos.

CASARÃO- Cortiço em frente ao clube Magnatas na Rua Gal. Belegard no bairro do Rocha onde moramos em um quarto com minha mãe e meus 3 (três) irmãos. Foto recente






Devido a alguns acontecimentos esta semana, resolvi recomeçar a contar minha vida, dividida dos 10 anos (já publicada) até mais ou menos meus 22 e assim sucessivamente. Como o tempo é curto resolvi nesse momento tentar citar alguns nomes que fizeram parte desse período (me avisem caso queiram que os exclua), para depois contar os detalhes da minha juventude do Bairro do Rocha, passando pelo Riachuelo, Sampaio até o Engenho Novo.
Então vamos lá, sem ordem de importância: Família Teixeira, Da. Ester/Celso, Berenice, Fátima, Janaína, Fábio, Nilo, Alexandre (ufa), Jorge Freire (galego), Cristina, Francine..rs.. Sua mãe Da. Rosa (desculpe esqueci o nome do seu pai), Adelaide (Dé), filha Priscila, Izídio, Bôlha, Carlos Vagabundo, Nós Quatro (não lembro o nome agora), Hideraldo, Toco Preto, Claudinho, Messias, Guilherme Lecoq, Claúdia Lecoq, Zezinho (irmão); Dos Chaves: Rose Mary Chaves, Fernando, Tânia; Da. Lucy, Medeiros: Liliane, Lúcia, Cristina, Carla, Fernanda, Júnior; Serra: Da. Maria, Edson Serra, Jackson, Lucy, Madson, Magno (Abelha).. Acabou a hora do almoço, depois continuo... rs
 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

No grupo escolar em Nilópolis- Wagner Safadão tava bonito, heim...


E então voltamos de BH e fomos morar com meus avós numa casa com quintal na Av. Pres. Vargas no centro de Nilópolis. Lá existia um pequeno espaço para o que mais seu Antônio Florêncio gostava, que era plantar. Tomate, horta e um pé de abóbora (enormes) que por trepadeira, servia de cabana para descansarmos na sombra.   Minha galinha Ximbica e sua filha que também botava ovos azuis, vieram conosco e também ajudavam com seus ovos a nos alimentar. Não vi minha amiga galinácea morrer, ela sumiu, escafedeu- se. Era o ano de 1970, Brasil Tri- Campeão do Mundo, Carlos Alberto levantou a Taça Jules Rimet e vivíamos os Anos de Chumbo com a Ditadura Militar. Junto com Zulena, estudei nesse ano no Colégio Antonio Filgueiras de Almeida (particular), de novo vovô abrigado por Da. Rosa a pagar também para mim. Junto com meu irmão Eder,  vendia biscoito de vento, picolé e bananada no posto de saúde próximo de casa, morria de vergonha, mas hoje agradeço e muito a Seu Antônio a enfrentar as dificuldades da vida desde cedo e a ser humilde, o que não era nenhum pouco, porque me achava muito inteligente. Outra coisa boa é que comprávamos o biscoito bem cedo em uma fábrica de Mesquita, fresquinho e adorava comer o  doce. Lá tive minha primeira paixão platônica, Claudia, uma baixinha morena linda. Morava um pouco antes de mim e acho que passava todos os dias na porta dela pra irmos juntos à escola no Grupo Escolar Antonio Filgueiras de Almeida. Ela gostava também de mim, não sei se para namorar.
Então mudamos para a Rua 24 de Maio, 203- 201- Bairro do Rocha no meio do ano letivo, obrigando a me deslocar de segunda a sexta para meu município de origem, quase sempre no trem Japeri, para concluir o antigo primário. Lembro que estudava na parte da tarde, mas quando ia sozinho era pela manhã, ficando na casa do amigo Jacy na Chatuba, jogando bola até dar a hora de para escola.
Conclui bem essa etapa dos meus estudos, mas para minha surpresa, devido ser oriundo do antigo Estado do Rio de Janeiro, para arrumar vaga no ensino público, tive de refazer a última série no agora Estado da Guanabara, no início no Escola Pareto e devido a obras, conclui no José Veríssimo, passando pela "REFORMA DE ENSINO", só conseguindo vaga da 5a. a 8a. série no Colégio Orsina da Fonseca na Tijuca e o 2o. grau no SENAC.
Casa grande com vários quartos, quase esquina com a Rua Henrique Dias, onde Da. Rosa costurava direto, tinha ajuda do meu outro avô o português "SEU FRANCISCO" e ainda se "VIRAVA" para sustentar 7 netos, minha mãe (doente), meu tio Jair e ainda as mulheres que arrumava, assunto que vou deixar para lá.
Aqui passei toda minha adolescência, desenvolvi a qualidade e meu amor pelo futebol, chegando quase a ser "FEDERADO" no futsal do Clube dos Sargentos do Exército, primeira namorada só aos 18 anos e ela com 23 e por isso combinamos de não falar para as pessoas.


Vou dividir em três tópicos: Casos de Futebol, Amores e Família, amigos, eventos.
- Família, amigos e eventos-
Éramos 7 netos, mãe e tio Jair. Ele viaja a Minas e trás duas primas para morar conosco, Nensinha e Amélia (da família dos Coelho de Lassance) como namoradas. E esse imbróglio amoroso durou anos, tendo como resultado uma filha com cada uma: Luciana com a primeira e Marina com a segunda. Amélia logo procurou estudar e tornar- se independente e logo foi morar sozinha na vila onde moravam meus amigos. Com 15 anos minha irmã Zulena engravidou do seu primeiro namorado Carlos (Nino) de Nilópolis, nascendo Carlos Roberto. Minha mãe melhorou um pouco de saúde e chegou a trabalhar no antigo Supermercado Mar e Terra/Sendas na Rua Conde de Bonfim e entre brigas com minha avó por ciúmes dos filhos, após alguns anos acabamos por voltar a morar em casa de Cômodos (cortiço) da foto (CASARÃO), na Rua Gal. Belegard em frente ao Club Magnatas, onde aconteciam bailes famosos de Discoteque (época de Jhon Travolta), assim como no Clube dos Sargentos aos Domingos. Foi bastante tranquilo o ano letivo no José Veríssimo e a única coisa que lembro é queríamos namorar Ana Vitória, uma maranhense (também) branca, cabelos lisos negros, modelo de beleza da época. Não me achava em condições disso, mas como ela me dava muita atenção, mesmo com toda a minha timidez, ficava igual arroz: Só acompanhava. Mas voltando ao caso da escola, adorei a minha professora Terezinha, mãe do Miranda um colega nosso da rua, dizer que tinha me visto namorando com a Ana. Lógico que não neguei, afinal  a maioria dos garotos com 13 anos na época não tinha namorada. Os amores são para depois, mas não posso deixar de contar o início do caso da Vitória, pois um dia seguia para casa na 24 de Maio, vindo em direção contrária a ela e ao pararmos para conversar, perguntei  se tinha tido alguma coisa com o Ricardo, um colega nosso de escola. Ao dizer que não, perguntei  se me namoraria!? Para minha surpresa disse que sim e como não sabia o que fazer, me despedi e fui embora e até hoje rio disso. Como forma de ganhar algum dinheiro, lá pelos meus 14/15 anos comecei a trabalhar com tio  Jair carregando peso, pois ele tinha uma Kombi e além de lotadas (transporte de passageiros), fazia fretes e mudanças. Depois continuei fazendo biscate como ajudante em uma empresa de transportes na Rua Felipe Camarão na Tijuca e continuei carregando peso até lá pelos meus 18 anos, até conseguir ser liberado de servir o exército. História a parte, minha sincera homenagem a um dos pais que encontrei na minha vida, Seu Nunes, pai do Jorge Nunes da Rádio falecido recentemente, para o qual fazia biscate em mudanças também.  Concluído o 1º grau ( 5a. a 8a série) do Orsina da Fonseca da Tijuca, tínhamos que fazer prova para o cursar o 2º grau, o que fiz para o Colégio Paulo de Frontin (passei lógico), mas como já necessitava trabalhar, pensei em fazer também a prova para o SENAC, também no Riachuelo, o que economizaria o dinheiro da passagem e teria uma profissão (como era muito bom em matemática, Técnico de Contabilidade). Teria que estudar a noite, mas necessitava ter carteira assinada e Seu Nunes me levou logo depois da esquina para uma placa de "FAXINEIRO" em uma fábrica de Sapatos, o que logo neguei, pois aos 16/17 anos era metido a merda na época. Me pegou pelo braço e consegui com o dono espanhol o emprego, fiz a prova bêbado para o curso com o qual sobrevivo até hoje. Lógico que só fiquei umas 2 semanas (rs), pois fui trabalhar no centro do Rio de Janeiro fazendo recarga de extintor de incêndio. Quando chegou a época de servir o exército fui mandado embora, só tendo a carteira assinada novamente após os 18 anos.  Minha mãe morava em São Gonçalo e vovó na Rua Barbosa da Silva (Riachuelo). Comprei o jornal o O DIA no domingo, anotei a vaga para "FATURISTA" (extrair NFs) na Fortil Utilidades Domésticas, rua Ana Néri e como dava para ir a pé, passei da hora como sempre, acordei às 10 horas e fui com a cara e a coragem, com meu curso de Datilógrafo (catamilhográfo..rs..) da LBV que fiz na R. Oito de Dezembro em Vila Izabel, por acaso local onde nasci. Iniciaria minha sina de arrumar meus empregos na "ENTREVISTA" com Seu Wilson (Deus pôs a mão dele) e depois dali Bombril e por aí vai. 


Fortil meu primeiro emprego em escritório, extrair Notas Fiscais em máquina elétrica. Um dos melhores chefes que tive, Seu Wilson tinha um mapa mensal do valor que  cada um emitia e quase saíamos no tapa para pegar os maiores pedidos, só para ter o nome no quadro em primeiro lugar, nada mais além disso, pura competição, mas saudável e como era o mais novo da turma, sempre ficava para trás, pois nunca pegava os clientes maiores. Camargo (paraense de quase 2 metros de altura ), onde estará esse grande parceiro, morava perto da Barreira do Vasco em São Cristóvão, irmão de vida, saudades desse cara;  Gonçalves (barbudo de Paracambi, como é a vida!?), gente boa, irmão também, namorou minha irmã Zulena por pouco tempo, já queria se juntar  e leva- la para onde morava. Como estávamos  no Engenho Novo e já sendo o responsável pela família, dei contra (ela não queria ir mesmo) por ser muito longe?!..rs...  hoje reside  em Sepetiba a 2 horas do centro do Rio de Janeiro; Sérgio (mineiro de Paracatu), morava no Engenho de Dentro, grande jogador de sinuquinha, outro parceirão, fazíamos dupla quando saíamos no sábado do trabalho às 18 horas e já deixei namorada esperando até umas 22 hrs (não lembro o nome..rs), apostando ficha.  Com poucos meses de trabalho tivemos 100% de aumento de salário, mas a turma era muito boa também de trabalho e Gonçalves foi para a Bombril e levou todo mundo e lá fiquei 6 anos da minha vida, com seu Rubens, Da. Ruth, Salvador e depois conto essa parte.  

Vale lembrar aqui a primeira roupa que comprei com meu dinheiro: Sapato, calça, camisa e um relógio SEYKO que era moda na época. Ainda sinto como se fosse hoje do meu orgulho, passando pela R. Ana Néri andando até o Rocha para mostrar aos amigos meu feito e aí então já dava para namorar,
 

Comentários

Postagens mais visitadas