1969- Minha História- Da VK para BH/MG....XIMBICA E EU...Pte. 6



 Lá fui ao encontro da minha história, na casa de Tia Dica, mulher forte, de sorriso farto e muito amorosa. Tio Fernando, primo de Tilico e meu de segundo grau, tinha um carinho especial por mim devido a esse parentesco duplo. Foi dura, mas divertida nossa passagem por lá, mamãe, como sempre muito doente, vivia internada no Pronto Socorro de BH com Asma. Lembro de ir constantemente com titia comprar verdura no mercado de BH para revender e durante um período ia para feira carregar bolsa das madames, e assim ganhar um trocadinho. Mas tive uma molezinha, pois minhas tias Teresa e Neusa, também acho que madrinhas, me levavam pra casa delas para curtir o fofinho aqui...rs... 
e meus outros tios também ( Maria do Zé Arruela,  etc... esqueci nome de alguns, perdão) me levavam para ficar com eles, na Av. Amazonas, após comer bolo quente (adoro até
hoje) feito no forno a lenha acordei de madrugada com dor de barriga, no escuro, não quiz acordar ninguém e me borrei todo...rs... foi quando conhecemos Da. Regina, patroa de mamãe, com uma situação financeira boa, tinha umas 4 filhas branquinhas lindas, mais ou menos com nossa idade, e parece que o pai, sei lá, não deixava que eu e Eder chegássemos perto. Ela veio morar no Rio de Janeiro e tornou- se nossa vizinha no bairro do Rocha, o marido a abandonou e sem nunca ter trabalhado, fez curso no SENAC do Riachuelo junto comigo, passou no concurso para o estado e trabalhava no PAM de Del Castilho, próximo a residência do meu pai. Passou maus pedaços, exemplo de superação, pois nessa época já com meus 19 anos, sustentava sozinho minha casa com meus irmãos e levamos uma delas para ficar um tempo conosco, porque não tinha o que comer em casa. NADA COMO UM DIA APÓS O OUTRO DIA (RACIONAIS MC'S). Tinha também tia Efigênia, com uma porrada de primos loiros (essa miscigenação do Brasil e da minha
família mineira é um espetáculo). Um deles que não lembro o nome, mais fortinho, me deu uns tapas de graça. Bairro da Serra, morávamos lá em cima no início (faltava água), mas tio Fernando fez uma casa grande no pé do morro, com uma caixa d'água no chão enorme, que capitava água da chuva. Brincadeiras de Montebras, montava carros, casas, tudo, com facilidade e achava que podia ser um engenheiro nesse tempo.
  Após desentendimento, saimos da casa dos meus tios e fomos morar de favor com uma mulher que tinha um casal de filhos, a menina linda, minha 2a. paixão, a primeira foi minha professora como todo mundo, no pré- escolar na Praça Niterói em Vila Isabel na época que morei na rua Jorge Rudge. Acho que fui correspondido e foi ela que me ensinou a dançar a dois, músicas lentas, dois pra lá, dois pra cá...rs.... Não lembro o nome da mãe, santa pessoa, mas sim que tinha um amante dono da padaria e íamos com o filho dela pela manhã pegar várias sacolas de pão- dormido para alimentar seis crianças. Então fomos para Diamantina.

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