FAVELA DO ESQUELETO- Um pouco da minha história- 1a. Pte.

Wagner Mesquita- Esqueleto- Rio de Janeiro/Brasil




Relato



A Favela do Esqueleto foi uma favela que existiu até o início da década de 60 do século XX no local onde hoje encontra-se a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no bairro do Maracanã, zona norte doRio de Janeiro. Graças ao então polêmico governador da Guanabara Carlos Lacerda, a favela foi removida e seus moradores foram assentados, em sua maioria, para a zona oeste da capital fluminense, mas precisamente em Bangu, em Vila Kennedy. A favela começou a surgir logo após a construção do Estádio do Maracanã, quando o terreno foi invadido. Inicialmente os barracos foram sendo construídos em torno do esqueleto, parte de melhor terreno, mas em poucos anos a favela já era uma das maiores da cidade e possuía uma enorme quantidade de tipos de barracos. Dos mais elaborados, quase casas populares, passando por barracões de madeira bem estruturados, até precárias palafitas em uma área pantanosa num dos braços do Rio Joana. Também haviam barracos do tipo apartamento dentro da estrutura abalada do esqueleto, que havia sofrido seguidos incêndios. Continua: Eu, Dona Lica (mãe) e meus três irmãos morávamos em um quartinho no nº 524 da Rua São Francisco Xavier e diz minha avó Rosa Mesquita (muito conhecida na área do Esqueleto e Mangueira), que ao entregar o paradeiro do Bandido "CARA DE CAVALO" (abaixo), teria recebido como recompensa uma casa na Vila Kennedy, onde fomos morar lá pelo ano de 1967/8, saindo de lá para morar por um ano em BELO HORIZONTE (MG).... Morei também na Rua Jorge Rudge, paralela a S. Francisco Xavier, minha avó era vizinha do JAMELÃO. Lembro com saudade das garrafas de leite na rua (tirávamos a tampa para lamber a nata), soltar pipa com os filhos do seu Waldmiro, dono do armazém que meu pai Edson trabalhava. Foi nesse tempo que ganhei meu primeiro dinheiro, entregando compras com meu pai. Nós entrávamos na casa das pessoas e como era todo fofinho (continuo...rs), elas se encantavam comigo e para me agradar me davam notas que acho que era de 1 Cruzeiro (foram muitas). 

A História do Bandido Cara de Cavalo


 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Cara de Cavalo Nome Manoel Moreira Nascimento 1941 Morte 3 de outubro de 1964 Cabo Frio, Rio de Janeiro Nacionalidade Brasileiro Crime(s) Assassinato do detetive Milton Le Cocq Situação Executado Manoel Moreira, mais conhecido pela alcunha Cara de Cavalo (1941 — 3 de outubro de 1964) foi um criminoso brasileiro. Acusado do assassinato de Milton Le Cocq, foi a primeira vítima da Scuderie Le Cocq, organização policialesca clandestina criada para vingar a morte do detetive. Biografia Morador da Favela do Esqueleto, Cavalo iniciou-se na criminalidade ainda garoto, vendendo maconha na Central do Brasil. Tornou-se pouco depois cafetão e ligou-se ao jogo do bicho. Diariamente cumpria a rotina de percorrer de táxi os pontos de jogo da Vila Isabel acompanhado de uma amante, a quem designara a tarefa de recolher o pagamento compulsório do dia. Ocasionalmente, tornou-se amigo do artista plástico Hélio Oiticica que, passista da Mangueira e frequentador de favelas, era fascinado pela marginalidade.1 Insatisfeito com os pagamentos, um bicheiro procurou o detetive Le Cocq, que organizara um grupo clandestino de policiais para caçar criminosos. Em 27 de agosto de 1964, o detetive, acompanhado dos colegas Jacaré, Cartola e Hélio Vígio, armou o cerco a Cavalo em um dos pontos de jogo. Percebendo a armadilha, o bandido tentou fugir, mas teve seu táxi cercado pelo Fusca de Le Cocq. Após um breve tiroteio, o detetive caiu morto com um tiro da Colt 45 de Cavalo.1 2 O incidente decretou a sentença de morte de Cavalo; de reles marginal, ele passou a ser um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro. Armou-se então um grande operação à sua cata, mobilizando dois mil policiais em quatro estados. Um mês e sete dias depois, Cavalo foi finalmente encontrado em Cabo Frio. No dia 3 de outubro, o criminoso foi cercado em seu esconderijo pela denominada "turma da pesada" (grupo formado pelos policiais Sivuca, Euclides Nascimento, Guaíba, Cartola, Jacaré e Hélio Vígio, entre outros), e sumariamente executado com mais de cem disparos, 52 dos quais o atingiram, 25 apenas na região do estômago.1 3 Consequências A caçada a Cavalo deixara a polícia desorientada. Motivados pelo bordão de Le Cocq de que "bandido que atira num policial não deve viver", as autoridades se desentenderam na corrida por deter o criminoso, enquanto pessoas parecidas com ele eram mortas por engano. Após a execução, a "turma da pesada" consolidou-se como a Scuderie Le Cocq, tendo Luiz Mariano como presidente da organização clandestina de repressão ao crime e Sivuca eleito deputado estadual com a plataforma "bandido bom é bandido morto".1 Um ano depois da morte, Hélio Oiticia criou a obra Homenagem a Cara de Cavalo, uma caixa envolta por telas, cujas paredes internas foram cobertas por fotografias do criminoso assassinado. Em 1968 ele prestaria outro tributo ao amigo, com o poema-bandeira "Seja marginal, seja herói".1 A Scuderie inspirou o surgimento do Esquadrão da Morte, cuja perseguição e execução de bandidos espalhou-se por todo o Brasil.

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