Afrânio Silva Jardim- Extraído do Facebook
NESTE MODELO DE SOCIEDADE TECNOLÓGICA E GLOBALIZADA, AS NOVAS GERAÇÕES SERÃO PRESAS FÁCEIS DOS INTERESSES DAS GRANDES CORPORAÇÕES MUNDIAIS.
Vamos tentar ser breves. Consigno aqui o que tenho observado de forma crítica. Nada de novo, mas pouco falado.
Refiro-me ao quanto volúveis se tornaram as novas gerações, influenciadas e manipuladas pelos interesses das grandes corporações mundiais.
A falta de uma consciência crítica torna os jovens “massa de manobras” de grandes projetos econômicos, lastreados em um “marketing” massivo e castrador.
Assim, tudo o que a grande mídia apresenta como “novo” é imediatamente incorporado ao dia a dia dos nossos jovens, que não percebem que estão sendo perversamente utilizados pelo grande capital internacional. O obscurantismo é um dos trunfos desta deletéria estratégia. Cultura geral ou humanista, nem pensar...
A moda deixou de ser um processo social natural e passou a ser dirigida por executivos das grandes corporações. Elas decidem se vamos assistir ao filme do “Homem Aranha” ou a mais uma franquia de “Guerra nas Estrelas”. Elas decidem se vamos caçar “pokemons” (este já acabou !!!) ou idolatrar um “cantor fabricado” por uma grande gravadora, que vai cantar no Fantástico ou no Faustão.
O fato é que, sem um ponto de reverência, sem conservar algo conquistado no passado como positivo, ficamos todos “soltos no espaço” e presas dóceis destas grandes articulações sociais e econômicas.
Nossos jovens estão sendo transformados em “zumbis”, que realimentam este perverso modelo de sociedade, de forma acrítica e ingênua. Estamos a um passo do fascismo.
É preciso dizer aos meninos que os super heróis não existem e são mecanismos de fazer as crianças permanecerem em um “mundo de fantasia”, criando personalidades alienadas e maniqueístas. É preciso dizer para as meninas que as bonecas “LOL” são uma perversa enganação, forma de incentivar o consumismo e enriquecer empresários estrangeiros.
Os pais são também responsáveis por tudo isso. Muitos pais sucumbiram a esta realidade e não percebem os “monstros” que estamos criando.
Pessoas infantilizadas ou idiotizadas são presas fáceis para o chamado “pensamento de direita”, pois são seduzidas por visões simplistas para problemas complexos. Para elas, o corpo é mais importante do que o conhecimento, do que a cultura ... Livrarias e editoras estão sendo extintas, enquanto proliferam as academias de ginástica ...
Estas pessoas são facilmente “domesticadas” pelo discurso empresarial da grande mídia, que depende sempre de seus anunciantes, vale dizer, do grande capital.
Na imprensa tradicional, a tônica é a “demonização” do Estado e o culto ao “deus mercado”, que não distribui renda, mas, ao contrário, concentra a renda em favor de poucos (renda esta produzida pelos trabalhadores, que são os que menos se beneficiam do produto de seu trabalho!!!)
Espero que eu esteja errado ou, ao menos, exagerando na minha análise. Entretanto, posso afirmar que a sociedade que se criará no futuro muito pouco terá de humana.
Em nosso caso, este futuro está bem próximo, tendo em vista a recente escolha eleitoral em prol de pessoas toscas e incultas, que pregam ideias próprias de uma fase obscura de nossa civilização.
Provavelmente, tendo em vista o uso compulsivo e equivocado da atual tecnologia, será uma sociedade de idiotas, como teria dito o grande Chico Buarque.
Sorte minha que já não mais estarei aqui ...
Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uerj
Vamos tentar ser breves. Consigno aqui o que tenho observado de forma crítica. Nada de novo, mas pouco falado.
Refiro-me ao quanto volúveis se tornaram as novas gerações, influenciadas e manipuladas pelos interesses das grandes corporações mundiais.
A falta de uma consciência crítica torna os jovens “massa de manobras” de grandes projetos econômicos, lastreados em um “marketing” massivo e castrador.
Assim, tudo o que a grande mídia apresenta como “novo” é imediatamente incorporado ao dia a dia dos nossos jovens, que não percebem que estão sendo perversamente utilizados pelo grande capital internacional. O obscurantismo é um dos trunfos desta deletéria estratégia. Cultura geral ou humanista, nem pensar...
A moda deixou de ser um processo social natural e passou a ser dirigida por executivos das grandes corporações. Elas decidem se vamos assistir ao filme do “Homem Aranha” ou a mais uma franquia de “Guerra nas Estrelas”. Elas decidem se vamos caçar “pokemons” (este já acabou !!!) ou idolatrar um “cantor fabricado” por uma grande gravadora, que vai cantar no Fantástico ou no Faustão.
O fato é que, sem um ponto de reverência, sem conservar algo conquistado no passado como positivo, ficamos todos “soltos no espaço” e presas dóceis destas grandes articulações sociais e econômicas.
Nossos jovens estão sendo transformados em “zumbis”, que realimentam este perverso modelo de sociedade, de forma acrítica e ingênua. Estamos a um passo do fascismo.
É preciso dizer aos meninos que os super heróis não existem e são mecanismos de fazer as crianças permanecerem em um “mundo de fantasia”, criando personalidades alienadas e maniqueístas. É preciso dizer para as meninas que as bonecas “LOL” são uma perversa enganação, forma de incentivar o consumismo e enriquecer empresários estrangeiros.
Os pais são também responsáveis por tudo isso. Muitos pais sucumbiram a esta realidade e não percebem os “monstros” que estamos criando.
Pessoas infantilizadas ou idiotizadas são presas fáceis para o chamado “pensamento de direita”, pois são seduzidas por visões simplistas para problemas complexos. Para elas, o corpo é mais importante do que o conhecimento, do que a cultura ... Livrarias e editoras estão sendo extintas, enquanto proliferam as academias de ginástica ...
Estas pessoas são facilmente “domesticadas” pelo discurso empresarial da grande mídia, que depende sempre de seus anunciantes, vale dizer, do grande capital.
Na imprensa tradicional, a tônica é a “demonização” do Estado e o culto ao “deus mercado”, que não distribui renda, mas, ao contrário, concentra a renda em favor de poucos (renda esta produzida pelos trabalhadores, que são os que menos se beneficiam do produto de seu trabalho!!!)
Espero que eu esteja errado ou, ao menos, exagerando na minha análise. Entretanto, posso afirmar que a sociedade que se criará no futuro muito pouco terá de humana.
Em nosso caso, este futuro está bem próximo, tendo em vista a recente escolha eleitoral em prol de pessoas toscas e incultas, que pregam ideias próprias de uma fase obscura de nossa civilização.
Provavelmente, tendo em vista o uso compulsivo e equivocado da atual tecnologia, será uma sociedade de idiotas, como teria dito o grande Chico Buarque.
Sorte minha que já não mais estarei aqui ...
Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uerj
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