NARCISISMO (por Luiz A. )

 TEXTO DO AMIGO LUIZ   A.




Narciso teria vida longa, desde que jamais contemplasse a própria imagem.
Mesmo nas suas maiores inseguranças, Narciso sempre se considerava bonito.
Estava sempre procurando algo que pudesse torná-lo ainda mais belo.
Nessa ânsia pela beleza exterior, Narciso foi deixando de lado as belezas da vida: o conhecimento, o amor, o carinho, o abraço, o beijo...
Narciso não se incomodava, desde que sua beleza fosse exaltada.
Seu orgulho se inflava ao menor elogio, Narciso se imaginava cada vez mais digno dele.
Tantas coisas se passaram na frente de Narciso, mas ele jamais se abalava. O que importava era que sua beleza o acompanhava.
Narciso se encantou com o espelho d'água, sua imagem contemplava. Se enebriou com ela. Até que se hipnotizou consigo mesmo e foi tragado pelas águas do lago e por seu orgulho, maior que sua capacidade de perceber que nada era mais belo que a vida que o circundava.



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