Paz nas comunidades
Alemão pede paz e justiça
05/04/15 00:22
atualizado em 05/04/2015 03:22 / jornal meia-hora
atualizado em 05/04/2015 03:22 / jornal meia-hora
Mil pessoas fazem protesto pacífico da entrada da Grota até a Praça de Inhaúma
Rio - Moradores do Complexo do Alemão demonstraram ontem,
numa manifestação pacífica, que o "silêncio da dor na comunidade grita
por paz e justiça", como se lia num dos cartazes. Depois de 90 dias de
intensos tiroteios, com seis pessoas baleadas nas últimas 72 horas -
três delas morreram, entre elas o menino Eduardo Ferreira, de 10 anos -,
pelo menos mil pessoas participaram da maior passeata pela paz já
realizada desde o começo da implementação das Unidades de Polícia
Pacificadoras (UPPs) na região, há quatro anos. Há novo protesto
programado para hoje, às 10h, na Praia de Copacabana, na altura da
Princesa Isabel.
Durante o ato, o clima foi de tensão pela presença de mais de 300 policiais militares, apoiados por blindados (caveirões) e um helicóptero, que acompanharam a caminhada, da entrada da Favela da Grota, cruzando a Av. Itararé, até a Praça de Inhaúma. Um grupo de mototaxistas abriu o caminho. Nenhum incidente, entretanto, foi registrado.
O corpo de Eduardo segue hoje para o estado do Piauí, onde será enterrado. O governo do Rio vai bancar todas as despesas. A mãe do garoto, Terezinha Maria de Jesus, 40 anos, causou comoção ao tentar participar do movimento, mas durante a caminhada ela passou mal e teve que ser retirada logo no início. Ao ver soldados do Batalhão de Choque perfilados, Terezinha não se conteve: "Assassinos! Vocês mataram meu filho, covardes!", gritou várias vezes em direção à tropa, antes de ser amparada por parentes.
'Bandeiras' brancas
Boa parte dos moradores do Complexo do Alemão, com medo de que os conflitos do dia anterior se repetissem, preferiu ficar em casa, mas estendeu lençóis e camisetas brancas nas lajes e janelas. "Não sejam omissos, saiam de suas casas. Hoje sou eu quem choro a morte do meu filho (o mototaxista Caio da Silva, 20, em maio do ano passado, de bala perdida) no Cemitério do Caju. Amanhã pode ser um de vocês", conclamou Denise da Silva, 49.
Ocupação deve voltar
O Comando de Operações Especias (COE) da Polícia Militar pode ocupar novamente o Alemão. A informação foi divulgada pela Secretaria estadual de Segurança (Seseg), em resposta às mortes e aos últimos casos de violência registrados na região.
De acordo com a nota divulgada pela Seseg, cada ação das forças especiais será avaliada e, se for necessário, uma ocupação completa vai voltar a acontecer dentros do Complexo de Favelas.
Durante o ato, o clima foi de tensão pela presença de mais de 300 policiais militares, apoiados por blindados (caveirões) e um helicóptero, que acompanharam a caminhada, da entrada da Favela da Grota, cruzando a Av. Itararé, até a Praça de Inhaúma. Um grupo de mototaxistas abriu o caminho. Nenhum incidente, entretanto, foi registrado.
O corpo de Eduardo segue hoje para o estado do Piauí, onde será enterrado. O governo do Rio vai bancar todas as despesas. A mãe do garoto, Terezinha Maria de Jesus, 40 anos, causou comoção ao tentar participar do movimento, mas durante a caminhada ela passou mal e teve que ser retirada logo no início. Ao ver soldados do Batalhão de Choque perfilados, Terezinha não se conteve: "Assassinos! Vocês mataram meu filho, covardes!", gritou várias vezes em direção à tropa, antes de ser amparada por parentes.
'Bandeiras' brancas
Boa parte dos moradores do Complexo do Alemão, com medo de que os conflitos do dia anterior se repetissem, preferiu ficar em casa, mas estendeu lençóis e camisetas brancas nas lajes e janelas. "Não sejam omissos, saiam de suas casas. Hoje sou eu quem choro a morte do meu filho (o mototaxista Caio da Silva, 20, em maio do ano passado, de bala perdida) no Cemitério do Caju. Amanhã pode ser um de vocês", conclamou Denise da Silva, 49.
Ocupação deve voltar
O Comando de Operações Especias (COE) da Polícia Militar pode ocupar novamente o Alemão. A informação foi divulgada pela Secretaria estadual de Segurança (Seseg), em resposta às mortes e aos últimos casos de violência registrados na região.
De acordo com a nota divulgada pela Seseg, cada ação das forças especiais será avaliada e, se for necessário, uma ocupação completa vai voltar a acontecer dentros do Complexo de Favelas.
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